segunda-feira, 28 de março de 2011

Carta à Menina Esperanza ou Poema à Pe Comblin Vivo


Esperanza, menina assobradiça
onde você foi se perder?
Os viventes agora estão mortos
Nós moribundos também adentraremos a cova vazia
Você Esperanza
sabemos das violências de seu corpo
que os hoemens usaram você
Tem medo de voltar

Quando aqui estavas
eramos criança
e brincavamos de dominar o mundo
para depois salvá-lo de nós mesmos
Agora você se escondeu
e a memória só temetrouxe
porque outra vez a morte veio falar de seus feitos
que está sobrecarregada
que mandou te procurar
é por isso que esrevo esta carta
no corpo da terra, na carne do povo
para que ouça e esteja aqui outra vez

Menina Esperanza
cante algo para nós dormimos
não dormimaos há anos por causa dos gritos de mães
acenda o candeeiro, a noite não quer se apagar
No escuro os papeis são deixados nas gavetas
e a criança não consegue achar a comida
Esperanza, seja
meu coração já não é o mesmo
e um ataque cardíaco agora
seria temeroso precoce para quem ainda não aprendeu a morrer

Nenhum comentário:

Postar um comentário